terça-feira, 31 de março de 2009

ONU vai monitorar gênero e raça no Brasil


Parceria entre várias agências e o governo vai elaborar relatórios de avaliação sobre inclusão de mulheres, em especial negras, no Brasil
Crédito: MDS/ Divulgação
da PrimaPagina

Agências da ONU lançaram em março, em conjunto com o governo brasileiro, um programa para avaliar, no Brasil, a evolução dos direitos e participação política das mulheres, em especial mulheres negras. O Programa Interagências para Promoção de Igualdade de Gênero e Racial foi elaborado em 2008 e, a partir deste ano, deverá fazer relatórios anuais sobre a evolução dos direitos das mulheres no país, além de orientar o desenvolvimento de ações para inclusão nos governos federais e locais, e em organizações não governamentais.

As agências da ONU envolvidas no projeto são PNUD , UNIFEM (Fundo das Nações Unidas para a Mulher), a OIT (Organização Internacional do Trabalho), UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o UN-HABITAT (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos). Além dos órgãos, a parceria envolve ainda duas secretarias do governo federal: a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Serão criados indicadores de desenvolvimento separados por sexo, raça e idade, afirma o documento oficial do programa. Além disso, as equipes oferecerão treinamentos sobre políticas públicas para mulheres e negros e produzirão materiais didáticos para os cursos. O programa prevê, ainda, a criação de cursos para jornalistas interessados no tema.

O Brasil, informa o texto, tem algumas das menores taxas de participação feminina na política. Elas são apenas 9% dos deputados federais e comandam só 7,35% das 5.564 prefeituras do país. “Será necessário construir políticas e compromissos que garantam a autonomia da mulher”, conclui, indicando qual deve ser a direção das políticas do governo.

Dentre os principais objetivos, está a o aumento da eficácia de programas governamentais já existentes. O projeto propõe que diferentes ministérios (da educação, da saúde e do planejamento) também incorporem questões de gênero em suas atuações.

O programa ainda defende a criação de planos municipais e estaduais para políticas de gênero e raça como uma forma de expandir o acesso dessas populações à educação e serviços de saúde.

Fonte: PNUD

quarta-feira, 11 de março de 2009

'Sou uma mulher dura cercada de homens meigos', diz Dilma




BRASÍLIA - Em tom de desabafo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, reclamou dos preconceitos sofridos pelas mulheres em cargos de chefia. Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão em 2010, ela arrancou aplausos em seminário sobre mulheres ao reclamar dos comentários sutis sobre sua personalidade forte. "Em condições de poder, a mulher deixa de ser vista como objeto frágil e isso é imperdoável", afirmou. "Aí começa a história da mulher dura. É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos."

Dilma afirmou que as mulheres não podem cometer os mesmo erros que às vezes os homens cometem. A ministra avaliou que só no caso do sexo masculino a determinação é vista como uma qualidade. "Eles mandam e desmandam. E são suaves e meigos", ironizou. Assessores do Planalto contam que a ministra sempre se impõe nas reuniões com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) e Henrique Meirelles (Banco Central). Lembram também que a personagem "Dilmão", dura com auxiliares e colegas de governo, é fruto do "fogo amigo", foi "criada" dentro do palácio.

No discurso, a ministra avaliou que o problema do preconceito na vida pública é sofrido menos por mulheres que estão à frente de programas da área social, como saúde, meio ambiente e educação. O preconceito é maior, na sua avaliação, no caso de mulheres que comandam programas de infraestrutura. "Nós também somos mulheres capazes de atuar em áreas restritas, até agora, a homens", disse. Ela contou que sempre ocupou cargos "restritos" a homens, como as chefias da Secretária de Fazenda do Rio Grande do Sul, do Ministério de Minas e Energia e, agora, da Casa Civil.

A ministra deixou claro que vai seguir o exemplo de Lula e usar a crítica ao preconceito como bandeira de campanha. "O presidente sempre diz que não pode errar, pois fica difícil um outro trabalhador concorrer à Presidência. E nós, mulheres, também não podemos errar", afirmou. "Mas eu não quero cair numa situação fácil de dizer que a mulher é mais sensível e terna."

Dilma citou a escritora francesa Simone de Beauvoir: "Ela dizia que a gente não nasce mulher; a gente se torna mulher, é uma construção histórica e cultural". "E, no Brasil, a mulher tem forma generosa, mas sobretudo responsável e ética", completou. A ministra afirmou que diariamente lida com problemas de discriminação. Citou o caso da Petrobras, onde, segundo ela, só em 2007 foi nomeada a primeira diretora.

A ministra ressaltou a importância de uma maior participação das mulheres na política. "Nós devemos participar de todo um processo de atuação política, sobretudo em conjunto, com as mulheres colocando a cabeça para fora para se eleger prefeitas, vereadoras, se tornar secretárias e governadoras."

No discurso, a ministra lembrou que começou a atuar na vida política nos anos do regime militar (1964-1985). Ela citou Heleny Guariba, colega que integrava a organização guerrilheira Vanguarda Popular Revolucionária, morta em 1971 possivelmente na "Casa da Morte" de Petrópolis (um dos centros de repressão da ditadura). Dilma aproveitou para criticar setores que classificam o período como "ditabranda". "Eu sou um produto da dura, a branda eu não conhecia", afirmou. "Muitos ainda chamam a ditadura de ditabranda, numa inversão absurda de um processo de prisões, torturas e mortes", completou. "É um absurdo dizer que um regime de exceção foi menos violento que outro; não interessa se são dez, cem ou mil que morreram. E no Brasil não morreu apenas um punhado de gente."

Depoimentos - No processo do mensalão, a Justiça Federal em Belo Horizonte começou a ouvir esta semana testemunhas arroladas pelos réus que residem na cidade. Nos últimos dois dias foram ouvidas testemunhas de defesa da ex-diretora administrativa e financeira da SMPB Comunicação, Simone Vasconcellos.

Está marcado para esta semana o depoimento do ex-ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, arrolado como testemunha por Valério e Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB. Mares Guia também foi arrolado como testemunha pelo deputado cassado Roberto Jefferson, cujo depoimento está marcado para o próximo dia 27.

O advogado de Valério reclamou que os depoimentos estão ocorrendo sem que todos os réus e advogados dos acusados que não residem na capital mineira fossem intimados para acompanhamento das audiências. "Entendemos que houve uma falha processual, porque era indispensável intimar os defensores de todos", afirmou Leonardo.

terça-feira, 10 de março de 2009

Aquidauana News publicou galeria de fotos destacando o Dia Internacional da Mulher

O Aquidauana News publicou galeria de fotos destacando o Dia Internacional da Mulher - Solenidade no Clube ARPA e sorteio de prêmios durante o jogo Aquidauanense x Àguia Negra.

Acesse: www.aquidauananews.com - click no item LAZER no menu a esquerda....são mais de 150 fotos.

Ou click no link abaixo


http://www.aquidauananews.com/index.php?action=galeria&id=8

67% dos brasileiros votariam em mulher para presidente, diz Ibope (Tribuna da Imprensa)

SÃO PAULO - Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), feita em conjunto com o Instituto Patrícia Galvão e o Cultura Data, apontou que 90% dos brasileiros elegeriam uma mulher para cargo público. Desse grupo, 74% votariam em uma mulher para prefeito, governador ou presidente, o que, do total, corresponde a 67% dos brasileiros. A pesquisa foi realizada entre os dias 13 a 17 de fevereiro, com 2.002 entrevistas em 142 municípios de todas as regiões do País.

A pesquisa ainda aponta que, para 83% dos entrevistados, a presença de mulheres no poder "melhora a política". Na opinião de 75% deles, só há democracia, de fato, se elas estiverem nas várias instâncias de Poder. Já para 73% dos brasileiros a população ganha com a eleição de um maior número de mulheres. O apoio à presença feminina no panorama político nacional foi constatado em todos os segmentos da amostra, tanto demográficos como regionais.

Em contrapartida à opinião da maioria favorável à participação feminina nos poder, a realidade não se revela tão otimista em relação às mulheres. De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, ligada à Presidência da República e que apoiou a pesquisa, o Brasil conta hoje com apenas 8,9% de mulheres no Congresso Nacional, 12% nas Assembleias Legislativas e 12% nas Câmaras Municipais. Segundo a União Interparlamentar (UIP), organização internacional com sede em Genebra (Suíça), o Brasil ocupa a 141ª colocação no ranking que avalia a presença de mulheres em parlamentos de 188 países. Entre os países da América Latina, o País fica à frente somente da Colômbia.
Cotas

Como na maior parte dos países latino-americanos, a legislação eleitoral brasileira garante às mulheres participação de 30% nas listas de candidatos dos partidos políticos. No entanto, a pesquisa do Ibope indica que, dentre as nações que oferecem cotas para mulheres, o Brasil tem o pior resultado entre o número de eleitas.

Na década de 90, por exemplo, as mulheres representavam 10,8% dos parlamentares da América Latina. A partir de 2000, após a adoção de políticas de cotas em vários países, o índice saltou para 18,5%. Argentina e Costa Rica apresentaram os melhores resultados: passaram de 6% e 14% para 38,3% e 36,8%, respectivamente. Segundo os pesquisadores do Ibope, diferente dos outros países latino-americanos, a lei de cotas brasileira não estabelece sanção para os partidos políticos que não cumprem a legislação.
Critério racial

A pesquisa do Ibope também levou em conta o critério racial no voto do brasileiro e 77% dos entrevistados afirmaram que votariam em um homem negro e 75% elegeriam uma mulher negra para qualquer cargo público, número maior dos que votariam em mulheres de qualquer raça.

De acordo com o instituto, o impacto da eleição de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos pode ter interferido nas respostas. Ainda assim, a predisposição em votar em candidatos negros para qualquer cargo é maior do que em votar, genericamente, em mulheres.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Aquidauana (MS) - Jantar no Restaurante ‘O Casarão’ homenageia as mulheres

O Restaurante ‘O Casarão’ localizado em Aquidauana na Rua Manoel Antonio Paes de Barros ao lado do Banco do Brasil abre suas portas no próximo sábado (07/03) para homenagear as mulheres com um jantar especial.
Segundo o proprietário do empreendimento Eci Ribas, o objetivo é o de oportunizar momentos de lazer e descontração para as mulheres na véspera do Dia Internacional da Mulher. “Uma oportunidade muito boa para uma noite agradável ao som de boa musica”, disse.
Eci confirmou que o musico Serpa, conhecido pelo seu repertório romântico e diversificado será o responsável em abrilhantar o evento. Nesta data o ‘Casarão’ vai disponibilizar um cardápio especial a base de peixe. Além disso, o jantar será servido no sistema Self Service com uma variedade de pratos, entre eles camarão e lasanha.
Após o jantar será servida uma sobremesa também muito especial, visando agradar as mulheres nesta noite de homenagens. A reserva de mesa pode ser feita através do telefone 3241.2219.
Histórico - O Dia Internacional da Mulher é celebrado a 8 de Março. É um dia comemorativo para a celebração dos feitos econômicos, políticos e sociais alcançados pela mulher.
A ideia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na virada do século XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão econômica que levou aos protestos sobre as condições de trabalho.
As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e indústria têxtil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários.
Existem outros acontecimentos que possam provar a tese como o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que também aconteceu em Nova Iorque, em 25 de março de 1911, onde morreram 146 trabalhadoras. Segundo esta versão, 129 trabalhadoras durante um protesto teriam sido trancadas e queimadas vivas. Este evento porém nunca aconteceu e o incêndio da Triangle Shirtwaist continua como o pior incêndio da história de Nova Iorque.